quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Eu não gosto de você

Tenho mantido distância de auto-sabotadores. Sei como eles pensam e agem por que já fui uma. Quem se auto-sabota, pode sabotar qualquer um. Não gosto deles. Nem um pouco. Pessoas que fazem mal a si mesmas geralmente me fazem mal pois despertam em mim sentimentos que são pesados demais pra eu ficar carregando. Não gosto. Não gosto mesmo. Mantenho distância.

Mas não falo daquelas pessoas que fazem mal a si mesmas no sentido físico. Por exemplo: todos sabemos que beber e fumar faz mal. Não tenho problema com pessoas que fazem isso normalmente, que são viciadas e se assumem (desde que não façam nada contra a lei, exemplo: beber e dirigir). Meu problema é com as pessoas que são viciadas e RECLAMAM, continuamente, sobre os efeitos negativos que as drogas estão causando em seu organismo. Elas sabem o que precisam fazer. Eu também sei. É perda de tempo ficar do lado de gente assim. É desgastante, não preciso disso.
Esse é apenas um dos exemplos de coisas que não gosto nos outros. Existem coisas muito piores. Não gosto de pessoas que têm a convicção de que todo mundo gosta das suas piadinhas infames, preconceituosas e completamente sem-graça. Na verdade isso é algo que me irrita muitíssimo.
Você se acha muito engraçado, mas poucas pessoas dizem, de fato, que você é engraçado. E pra mim, particularmente, nada do que você diga tem graça ou seriedade o suficiente alguma.
Você é um chato, intragável, insuportável. As pessoas não convivem com você, elas simplesmente te aturam por que são obrigadas. E eu, infelizmente, às vezes, sou uma dessas pessoas.
Você subestima a inteligência de pessoas que são, óbviamente, mais inteligentes que você. E ainda assim não se acha incompetente no que faz, mesmo tendo provas irrefutáveis disso.
Demonstra imaturidade e infantilidade num determinado momento e em outro quer ser tratado “com respeito” e seriedade (seja por causa da idade, ou do que for). Quer que lhe dêem a devida credibilidade, atenção e apoio, mesmo não fazendo por merecer.
Você curte “dar um jeitinho” pra absolutamente todas as coisas.
Não culpo a sua nacionalidade, culpo VOCÊ, seu escroto.
Você não é honesto, nem consigo mesmo, muito menos com os outros. Acha que a vida é uma coisa “muito engraçada mesmo” e pensa que pode passar todo mundo pra trás, na brincadeira.
Você gosta do que é ilícito. Aliás, você não só gosta, mas de certa forma SE VANGLORIA de seus vícios ilícitos. Se vangloria aliás de várias coisas também, do seu sofrimento, das suas penitências, que aliás, não reconhece como penitências. Quer ser um mártir, um pobre-coitado para que as pessoas tenham pena de você, e para que assim obtenha uma justificativa razoável para “ser quem você é” e “fazer o que quiser”.
Saiba de uma coisa: a mim, você não engana.
Geralmente quando você é confrontado por REGRAS, ou ainda, por pessoas direitas e de bem, se faz de vítima. Você não gosta de jogos, você não gosta de nada na verdade, não tem padrões, não tem decência.
Você força situações causando desconforto em todas as pessoas com quem você se relaciona.
Você não tem culhão o suficiente (mesmo que você seja mulher) pra se assumir, assumir seus desejos, suas vontades, SUA VIDA.
Saiba desde então: se eu te ignoro solenemente (ou boa parte das vezes) é por que eu não gosto de você. Vou me posicionar contra você, sempre que possível, sempre que me for permitido. Eu não vou com a sua cara. Repetindo: eu não gosto de você.
E você sabe exatamente quem você é.







Ah, o amor..

Juro nunca mais ser gentil



Para sempre ser severa


Pois o amor é difícil de lidar


Pois o amor lhe roubará a visão


O fardo da santidade


A tentação em ajoelhar-se


O medo mudo de ser pega


Em vapores de pecado


Nós cantamos do vácuo


Nós queimamos com amor


Tão estranhamente melancólicos


Tão estranhamente completos


Em algumas horas ébrias


Em algumas palavras céleres


De nossas bocas salivantes


Perdermos tudo para que aqui viemos


Se você fosse meu


Eu coraria um pouquinho


E morreria




[Rome, Das Feuerordal]

Fato: Namorar engorda.

Tá. Não cheguei a essa conclusão ontem. Mas ontem que eu vi o lance de fora é que eu caí na real de uma vez por todas. E okay, não é só namorar não, é qualquer coisa mesmo: juntar, namorar, casar, essas coisas. O conheci há algum tempo. O cara é um gatinho até, gente fina. Já tinha ficado com ele há uns mil anos atrás… Enfim. Ele sempre muito elegante, sempre fazendo o tipinho ‘dark’ que eu tanto gosto e tudo o mais. O único problema é que ele era depressivo demais pro meu gosto. E eu simplesmente não agüento gente assim sabe? Tudo bem, a vida não precisa ser otimismo o tempo todo, mas sabe quando a pessoa além de ser negativa, é vazia? Então. Ele não chegava a me drenar, ele simplesmente era (é ainda talvez) vazio.
Já a menina, desde a primeira vez que a vi, a achei linda. Ela era bonita mesmo. À noite. Sério. Outro fato: produção é TU-DO nessa vida minha gente. Nunca tinha visto ela de dia, mas de noite ela era bonitinha sim, não era magrela, mas era magra, vestia umas roupinhas maneiras (coisas que eu nunca podia vestir, claro), tinha uma aparência igualmente ‘dark’, o cabelo bonito e tudo, etc. Não sei por que, mas ultimamente ando fascinada por esse assunto de aparência. Nunca foi a minha praia, mas agora anda sendo. Deve ser por causa das minhas mudanças mesmo. Ando me ligando muitíssimo nisso. Fútil, tudo bem. But I don’t care… Continuando..
Ontem saí de casa de tarde pra resolver pendências em vários lugares, eu, meu vestidinho branco, meu lencinho branco na cabeça, minha bolsa enorme de vinil e meu óculos escuro falsificado da Chanel (rá!). Okay. Vou indo toda bonitinha em direção ao Shopping e antes de entrar eu vejo as duas figuras. Un-fucking-believable, cara. Acho que dei o “oi” mais assustado de toda a minha vida. Ele, um pouquinho mais gordo, vestido de tiozão (juro pra vocês), com um chinelão, bermuda e regata verde (Argh!!! O horror!!!) e ela com um vestido cinza, com uma aparência über-péssima, misto de quem estava triste + com sono + olheiras imensas e também com alguns quilinhos a mais. Um horror. Ainda que eu tava de óculos escuros!
Assim… Não é por nada não,… Sei que não sou modelo, não sou miss, não entendo porra nenhuma de moda, nem de nada e que também não tô em posição de falar nada de ninguém, mas poxa… Foi triste ver aquilo. Doeu meu coração. A única coisa que eu conseguia pensar era “Por que? Por que? Por que deus meu, que quando eles estavam solteiros eles estavam TÃO melhores?”. Evitei pensar muito nisso pra não me engasgar com esse pensamento e conversei sobre trivialidades por uns 5 minutos antes de dar um rápido tchau. Foi esquisito, fiquei com uma sensação esquisita. Desnecessário dizer que eu fiquei passada, né?Assim, acredito (acredito mesmo, sem sarcasmo e/ou ironia) que as pessoas devem se vestir do jeito que mais gostam, que tem mais é que ser felizes vestidas de qualquer jeito e com qualquer corpo mesmo,… Mas merda,merda, MERDA… Fiquei chocada. E me chocar não é uma coisa exatamente muito fácil de acontecer, por assim dizer. Ou talvez eu tenha mudado demais e não tenha me dado conta.