quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pequenas atitudes, grandes resultados

Quando minha mãe dizia que educação, respeito e solidariedade deveriam ser praticados por todos, ela não estava de bla bla bla. Acordar de manhã sem culpar os outros pelo pesadelo, dizer bom dia para quem passa na rua, ajudar idosos e deficientes, agradecer a faxineira que está limpando o banheiro que você vai usar, dizer por favor e obrigada. Essas pequenas atitudes podem ajudar alguém que talvez não tenha tido uma ótima noite, mas que assim como você, passará a encarar o dia com mais leveza. O glamour ao nosso redor surge quando colocamos em cada ação um toque de brilho, de prazer e boa vontade. Não há nada que faça a vida melhor do que uma piada seguida de gargalhadas, um abraço apertado, uma ajuda atenciosa seguida de obstáculos superados. Enfim, nada como um dia terminado com a certeza de que fizemos um bem maior do que no anterior. A solidariedade é Pink! Estilo não depende somente do que você veste, fala ou assiste. Aliás, depende muito pouco disso. O que conta mais é o que você faz. São suas atitudes que mostram quão criativo você é e quantos vieses diferentes você consegue dar pra seu estilo. Um mundo mais Pink é um mundo de trocas. Onde classes sociais mais altas ajudam as mais baixas e onde o preconceito não existe. É difícil suprir todos esses quesitos, mas podemos começar aos poucos e atingir grandes objetivos. Eu, por exemplo, pinto paredes de rosa ajudando as pessoas. E faço porque gosto, porque me sinto bem. Calças e blusas que não uso, eu dôo sem nenhum apego. Empresto livros pra quem pede. E, para agradecer as coisas boas que tenho, sempre procuro alguma entidade para ajudar sempre quando é possível.
Transformar o mundo é possível. Podemos pensar global e agir localmente, perto de quem a gente conhece. Solidariedade é Pink e, pode acreditar, deixa o mundo um lugar bem melhor de se viver!

Boneca de Pano

Talvez eu seja uma boneca de pano, cujo coração foi roubado. E um rombo gigantesco foi deixado em meu peito. De repente, veio uma dor forte e se instalou em mim. E ficou, em cada metro de meu corpo rendado, com meus panos e babados. Os meus vestidos passaram a ser mais escuros, independente do cair da noite da noite ou do levantar do dia. Eles só eram propícios se mais próximos do negro que abrangia. Chegou uma hora em que não os quis mais trocar, não fazia diferença. Todo dia eu acordava e botava minha mão sobre meu peito, apertava-o, e não sentia nada. Até que, em uma noite pouco escura e menos sombria, eu vi um clarão no canto de minha cama. Cheguei minhas mãos até ele, e encontrei, ali, meu coração. Abri meu armário, peguei minha caixa de costura e retirei a atadura de papel que cobria meu peito de pano. Coloquei meu coração de volta e o costurei, cuidadosamente. Talvez eu realmente seja essa boneca de pano com o coração resgatado. Porque, sim, ele voltou para mim, sim, meus vestidos e panos o cobrem, eu o abrigo. Mas não o sinto assim. Ele voltou intacto e este foi o problema. O coração da triste boneca de pano não fora amado como amara, não fora desejado como desejara, e não teve o que quis.
O coração da boneca não era nada além de um pedaço fofo de pano, em formato reconhecível. Ele não fora modificado, e pior, não fora roubado.
A bonequinha queria que alguém a amasse como ela o amaria e, para isso, teria de ter consigo uma parte de seu coração. Mas, vendo-o voltar intacto, percebeu sua missão fora incompleta, sem sucesso. Talvez eu realmente seja essa boneca de pano, cujo coração roubado não fora amado, cujas pessoas em volta não se misturam, cujo caminho é um caminho de interrogação.
E, principalmente, cuja procura será guiada até que encontre aquele pedacinho mínimo de seu coração, que ainda não percebeu sumir, mas que fora roubado, discretamente, para ser modificado, tocado e amado.

Foi há tanto tempo

Há tanto tempo que não olho em seus olhos, que não conversamos uma conversa bem demorada, que não rimos juntos, que não o vejo ao meu lado. Será saudade? Se não for, o que é? Foi o tempo que nos afastou? Será a distancia? Será minha culpa ou sua culpa? Será que o destino nos separou para que o futuro seja melhor, ou só nos separou para me fazer sofrer? Lembra de quando éramos amigos coloridos? Lembra quando você me pediu para ser sua namorada? Lembra das suas palhaçadas? E das nossas brigas por besteira? Quero esse tempo de volta. Lembra das chamadas de atenção dos professores? Do “ sim ou “não”? do “ignorar”, quando estava perto dos amigos? E das discussões Por esse motivo? Mas já faz tanto tempo... foi a tanto tempo que fomos contadores de histórias, de piadas, de bobeiras que podiam voltar. Sinto falta das risadas, dos teus olhos, de você ao meu lado. Sempre dizem que um dia vamos rir do passado, mas eu sou diferente: quando eu olho para trás, eu choro. Tenho novos amigos, melhores do que os do passado, mas quero de novo aquela amizade colorida, que só tinha com você. Não sei o que aconteceu, mas quero voltar no tempo e refazer o que deu errado no meu plano perfeito. É mesmo saudade, ou será apenas uma lembrança do que aconteceu de bom nos velhos tempos? Como é difícil tirar uma lembrança do passado...! Se é saudade, não sei. Mas sei que seu fosse dona do mundo e das pessoas, você era meu e eu era sua, amigo confidente.