terça-feira, 17 de agosto de 2010

O começo do Fim!

Estou de TPM e este post contém muitos palavrões. Se você é sensível, vá á merda! Em maio desse ano escrevi um texto que foi muito importante e necessário pra mim. Foi um merda desabafo mesmo, e muito mais do que necessário. O texto chama-se “Como fazer para esquecer alguém completamente?”. Eu o escrevi não só pra deixar claro pra mim mesma o que sentia, mas pra também me situar no tempo quando quisesse e poder enxergar e marcar de fato meus esforços. No começo do ano foi uma merda: mesmo namorando eu ainda sonhava constantemente com o meu ex e aquilo foi me irritando, aos poucos. Como eu mesma dizia, aquilo parecia ser um truque do meu inconsciente pra ver se eu “agüentava mesmo o tranco”. Enfim… O caso é que eu não o esqueci. E nunca vou esquecê-lo. Ele foi meu primeiro namorado e essas coisas não se esquecem assim de uma hora pra outra. Pelo menos *eu* não esqueço. Só que as coisas que eu sentia por ele foram mudando. Mudaram muito do começo do ano pra cá. Muito mesmo. Até fevereiro eu ainda gostava dele (posso dizer até que o amava, apesar de hoje já não ter tanta certeza assim). Quando descobri que ele mentia pra mim (mentia mesmo, não tem outro nome pro que aconteceu), aí, claro, fiquei muito puta da cara e deixei isso bem claro pra ele, mas dessa vez (felizmente!) a decisão de parar de manter contato comigo foi dele. E querem saber? Acho que foi a primeira vez que ele teve pentelho na vida dele, pra tomar uma atitude em relação a qualquer coisa. Não me orgulho de ter sido quem motivou ele a isso, mas enfim… Fora isso o que aconteceu, na vida dele, ele nunca teve coragem (e vontade) pra nada. Mesmo. Não tô falando mal: isso é um fato. Quem o conhece, sabe. Sei que não posso falar bosta nenhuma mesmo por que minha vida também não é nenhuma perfeição, mas enfim... É uma merda isso de “Antes de falar dos outros olhe seu próprio rabo” ok? Eu sei dos meus problemas, idiota... Então não me venha com esse nhénhénhé ridículo e infantil. A bem da verdade hoje eu sou mesmo é grata por ele ter parado de falar comigo. A única merda disso tudo é que, de uns tempos pra cá, o inevitável aconteceu: a fina linha entre o (que era) amor e o (que é) ódio, se rompeu. Hoje, por ele, só sinto o mais profundo desgosto. Mesmo. Por mais que me esforce, não consigo mais lembrar das coisas boas, só das ruins. De tudo o que ele fazia de mal pra si mesmo, do jeito irritantemente apático que ele encarava algumas situações, dos medos e das fraquezas dele, da fragilidade, da carência.. Hoje sinto raiva e repulsa. Algum dia ainda acho que vou sentir apenas indiferença por ele, mas por enquanto isso não está acontecendo. Tudo veio a tona na minha cara e eu olhei e disse “Merda! Quanto tempo da minha vida eu perdi caída por esse filho duma égua!?”. Nada contra a mãe dele, mas enfim… Vocês entenderam. E pior que é verdade… A mais pura verdade. Mas o grande lance disso tudo é que o fato de eu ter continuado a gostar dele por tanto tempo envolve vários fatores. Entre eles: ele tirou meu BVL, eu moro numa cidade onde não tinha homem decente e os que tinham ou tavam namorando ou não me queriam, ele era o meu único melhor amigo até então, uma das poucas pessoas que eu achava (ingenuamente) que eu podia confiar e por que merda… A gente já tinha passado por tanta coisa junto… Eu realmente gostava daquele desgraçado. Mas ele decidiu que era melhor me tratar como lixo, como “mais uma”, então assim foi… E foi por que eu deixei. E por que também minha auto-estima não existia. O próprio cretino até me dizia que eu tinha problema de auto-estima (isso quando não me tirava de louca na minha cara mesmo com uns “vai se tratar”, que eu tinha que ouvir). E eu naquela época não conseguia enxergar que eu realmente tinha problema: e não era um, eram vários! Minha cidade, minha família, meu estilo de vida, as pessoas com quem convivia: tudo! Tudo era um problema pra mim e precisava ser mudado. Urgentemente. Mas, tirando isso, o merda era que eu ouvia o cara. Podia até não concordar com ele, mas ouvia e fazia cara de nada. Bah, mas que imbecil! Idiota… E eu não sou mulher de engolir sapo, mas por ele eu engolia. Até hoje eu me pergunto COMO eu aturei esse moleque por tanto tempo, deus meu? Explico como: esperança. Por mais que a gente diga que não, nós mulheres nos alimentamos de esperança. Esperança de que tudo pode “dar certo de novo”, de que “tudo seja de novo como antes”. Esperança de que um dia o babaca pule na sua frente e diga “RÁ! Pegadinha do Mallandro!” ou coisa do tipo. Putz grila minha gente: isso não vai acontecer! Ainda mais com tipos como ele: que não querem nada com a vida, que não se comprometem com nada, não assumem nada, que não levam nada até o fim e por aí vai. Antigamente eu ficava triste pelo fato da minha melhor amiga (da onça, claro) ter agarrado ele planejada e deliberadamente na minha frente… A cretina ainda teve a cara de pau de vir dizer que “sufocar uma paixão é negar o que a alma pede”. A minha mão na cara dela idiota retardada! “Paixão” e “amor” é o escambáu. Uma coisa é o lance acontecer naturalmente e ser recíproco, dos dois lados, das pessoas realmente se gostarem… Aí eu ainda ficaria muito bala, mas seria mais compreensiva. Mas a menina praticamente fez o que foi possível pra agarrar ele, se esfregou e se jogou em cima do panaca. E conseguiu, claro. E ainda tem o despautério de me vir com essa de “alma”? Bah.. Eu vou ser canonizada cara, que merda… Enfim, apesar de ainda achá-la uma vadia escrota e querer que ela morra de câncer nos seios hoje não fico mais triste por saber que eles estão tendo “algo”. Chamo de “algo” por que realmente, o troço que eles têm não tem nome mesmo. Nem eles mesmos sabem o que é. Mas enfim,… Ele deve só usar ela pra não precisar gastar a palma da mão e ela, deve estar apaixonadinha pelo jeitinho todo blasé dele com a vida. Que nojo! Sou incapaz de ficar triste por uma coisa desse tipo hoje em dia. Tenho um pouco de pena só. E também acho que ela tem um gosto bastante duvidoso pra homens. Hahahaha… Mas tudo bem, eu também tive, então nessa questão estamos quites. Hoje eu só consigo achar engraçado. Na verdade, acho nada, mesmo por que da última vez que fui pra Alvorada e entrei em contato com os amigos mútuos que eu tenho com ele, a única coisa que sabiam fazer era falar mal. De ambos, mas mais dela. E eu não precisava nem me esforçar, eu só ouvia. E achava engraçadinho. Bem, cada um vive a vida como pode né…? Só lamentos, tanto pra ela quanto pra ele. Então hoje em dia eu digo que essa história pra mim está acabada. Ele pra mim virou uma pessoa que não conheço mais e que não sei se estaria a fim de reconhecer. É provável que um dia nos esbarremos por aí, mas acho que vou fingir que não vi. Sei lá. Não quero nem pensar nisso… Pensar nessas coisas me incomoda. Pensar nele me incomoda hoje em dia. Minha vida tá tão boa do jeito que tá. Conheci tanta gente maravilhosa esse ano, tantos caras incríveis… Não perco mais meu tempo pensando no que só me deu desgosto. De qualquer forma, só quis retomar esse assunto pra me posicionar pra mim mesma hoje em dia. E também por que quero tentar responder os comentários que foram feitos no meu blog sobre esse tópico. Aviso desde já que não sou nenhuma psicóloga e não tenho fórmula mágica pra resolver problema de ninguém: apenas tive um problema que, pelo visto, outras meninas também tiveram. Então, o máximo que posso fazer, de verdade, é dizer o que eu faria no lugar delas, com base no que já tentei fazer. É isso.

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